Saltar para o conteúdo

António Pinto Basto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
António Pinto Basto
Nascimento 6 de maio de 1952
Évora
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação cantor
Instrumento voz

António João Ferreira Pinto Basto (Évora, Sé e São Pedro, 6 de Maio de 1952),[1] conhecido por António Pinto Basto, é um fadista português.

Filho do engenheiro António Ferreira Pinto Basto (Aveiro, Glória, 12 de Maio de 1913 - ?) e de sua mulher (Estremoz, Evoramonte, Casa da Juceira, Capela do Coração de Jesus, 20 de Abril de 1941) Maria Luísa de Matos Fernandes de Vasconcelos e Sá (Lisboa, São Mamede, 17 de Agosto de 1920 - ?), sobrinha-bisneta do 1.º Barão de Albufeira e prima sobrinha em segundo grau do 1.º Visconde de Silvares.[2]

António Pinto Basto começou a interessar-se pelo Fado aos 13 anos. Uma noite os pais levaram-no a uma noite de fados na Feira dos Salesianos de Évora e Pinto Basto e a sua irmã, resolveram recriar aquele ambiente e improvisar um retiro na garagem da casa, a Toca, em homenagem à casa de Carlos Ramos.[1]

António Pinto Basto tinha acesso aos poemas do seu avô materno, João Vasconcellos e Sá, e, como tal, desde cedo, cantava letras originais nos fados tradicionais. O seu tio, José de Vasconcellos e Sá, depois de passar pela Toca numa das noites de festa, apreciando os dotes de intérprete do seu sobrinho, resolve inscrevê-lo na Grande Noite do Fado. Com 16 anos, António Pinto participou neste concurso, como representante da Casa do Alentejo. Pela mesma altura também teve a experiência de cantar em casas de fado. Lembra-se, por exemplo, de o ter feito no Timpanas.[1]

É também por intermédio desse tio que grava o primeiro disco, em 1970. Um EP editado pela Alvorada, com letras do avô e do tio e músicas do fado tradicional (Fado Franklin, Fado Vitória, Fado Dois Tons e Fado das Horas). Nessa altura foi também a alguns programas de televisão e concedeu entrevistas. Tinha apenas 17 anos quando, com este primeiro disco, iniciou a sua carreira. Nos anos de 1972 e 1973 gravou mais dois EPs.

Depois foi estudar para Luanda e voltou um mês depois do 25 de Abril de 1974.[1] Nesse mesmo ano completou a sua licenciatura em Engenharia Mecânica, no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa.

António Pinto Basto acabaria por se dedicar exclusivamente ao Fado, após gravar, em 1988, o maior sucesso da sua carreira — "Rosa Branca", um fado escrito pelo seu avô João, cujas vendas atingiram o disco de platina e renderam cerca de 120 espectáculos em apenas um ano, além de ter dado 73 entrevistas. Tornou-se incomportável manter a atividade profissional como empregado da Siderurgia Nacional, que resolveu abandonar no final do ano de 1989. Nesse ano editou mais um álbum, Maria (1989), que repetiu o sucesso de vendas.[1]

Confidências à Guitarra foi editado em 1991. Segue-se a colectânea Os Grandes Sucessos de António Pinto Basto (1993) e Desde o Berço (1996).

Em 1997 realizou uma digressão na Turquia, numa iniciativa da Comissão Europeia. Em 2000 conduziu o programa Fados de Portugal, na RTP1.

Sobre várias letras de fado publicadas em volume (letras do fado vulgar, Quetzal, 1998), José Campos e Sousa compôs as peças que em 2003 são gravadas na voz de António Pinto Basto.[3]

Faz parte do grupo Quatro Cantos, onde recuperam grandes nomes do fado. Tem-se apresentado em países como África do Sul, Brasil, Índia, EUA, Canadá ou Macau.

EP e álbuns de estúdio

[editar | editar código-fonte]
  • EP "António Pinto Basto" (EP, Alvorada) Alvorada EP-60-1192
  • 1970 - EP "Povo Sagrado" (EP, Aquila)
  • 1973 - EP "Saudades peregrinas" (EP, Aquila)
  • 1974 - EP "Tem Fé Caminheiro" (EP, Aquila) Aquila EP-S-81-36
  • 1988 - Rosa Branca (LP, Polygram)
  • 1989 - Maria (2xLP, Polygram)
  • 1991 - Confidências à Guitarra (LP, Polygram)
  • 1995 - António Pinto Basto em Évora (VHS)
  • 1996 - Desde o Berço (CD)
  • 2001 - Rendas Pretas (CD, Zona Musica)
  • 2003 - Letras do Fado Vulgar (CD, Zona Música)
  • 2007 - Prata da Casa (CD, Espacial)
  • 2009 - Bodas de Coral (CD, Espacial)
  • 2010 - Viagem p'lo Fado (com José Gonzales)
  • Natal Em Família (com José Gonzales)

Compilações

[editar | editar código-fonte]
  • 1993 - Os Grandes Sucessos de António Pinto Basto (CD, Polygram)
  • 1994 - O Melhor dos Melhores n.º 28 (CD, Movieplay)[4]

Prémios e condecorações

[editar | editar código-fonte]
  • "Revelação" - Grande Prémio da Rádio Renascença 1988
  • "Se7e de Oiro Revelação" (1988) Música[5]
  • "Se7e de Oiro" - Fado 1988
  • "Popularidade" - Grande prémio Rádio Renascença 1989
  • "Popularidade" - Casa da Imprensa 1989
  • "Popularidade" - Casa da Imprensa 1990
  • "Prémio Popularidade Despertar" 1991
  • "Troféu Neves de Sousa - Casa da Imprensa 1998
  • Discos de Platina Rosa Branca, Maria, Confidências à Guitarra

Referências

  1. a b c d e «Personalidades: António Pinto Basto». Lisboa: Museu do Fado. Fevereiro 2009. Consultado em 15 de março de 2016 
  2. "História da Família Ferreira Pinto Basto", Carlos Lourenço do Carmo da Câmara Bobone, Livraria Bizantina, 1.ª Edição, Lisboa, 1997, Vol. I, p. 258
  3. «António Pinto Basto». Lisboa em Fado. Consultado em 16 de março de 2023 
  4. «Catálogo - Detalhes do registo de "António Pinto Basto; O melhor dos melhores; 28"». Fonoteca Municipal de Lisboa. Consultado em 15 de março de 2016 
  5. Redacção (16 de Junho de 1989). «"Sete" já atribuiu o "ouro" revelação». Diário de Lisboa (via Casa Comum). p. 26. Consultado em 13 de janeiro de 2019 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
Ícone de esboço Este artigo sobre um cantor é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.